Passei por uma nova crise de pânico cerca de 3 anos depois do meu primeiro episódio em 2016. Minha vida tinha voltado ao normal desde aquele episódio e parecia que todo aquele horror havia sido apenas um ponto fora da curva.
Em 2019 decidi, então, me testar e fazer uma nova viagem para o mesmo local onde minha primeira crise havia acontecido. Era hora de vencer e deixar para trás aquela lembrança ruim. Porém, como você está prestes a ler, as coisas não aconteceram exatamente dessa forma.
Tudo começou bem
Planejei a viagem para as minhas férias em setembro de 2019. Organizei tudo do início ao fim, com todos os passeios definidos, hospedagens, etc. Assim, no dia 11 de setembro, embarquei novamente para a terra do chucrute – Alemanha.
Em síntese, o primeiro dia de passeios foi absolutamente fantástico! Afinal de contas, a primeira cidade do roteiro (Munique) era linda, cheia de lugares legais e com um clima perfeito. Porém, a partir do segundo dia aquele entusiasmo todo notoriamente já não era mais o mesmo. Algumas lembranças das sensações horríveis que tive durante a primeira crise em 2016 começavam a brotar levemente na minha memória.
Então, aperta o cinto que uma nova crise de pânico depois de anos está prestes a chegar.

A coisa começa a degringolar
No terceiro dia peguei um ônibus e viajei para a próxima cidade do roteiro (Praga). Lá, durante três intermináveis dias, lutei para não deixar aqueles pensamentos confusos tomarem conta de mim. Eu já não sentia mais fome, tinha medo de tudo e não conseguia aproveitar os passeios.
Após esse tormento, peguei um trem para a cidade seguinte (Berlim). Dentro daquele trem, o pior que pode acontecer com alguém às vésperas de uma crise de pânico aconteceu: Tempo para pensar. Ali eu não tinha pra onde fugir e acabei cedendo mais espaço para a crise.
Assim, quando cheguei em Berlim eu já estava apenas no modo sobrevivência e parecia questão de tempo para o desespero tomar conta.

Ela voltou!
No final daquela mesma tarde parei em um McDonalds para comer e ali, no centro de Berlim em frente ao Zoológico da cidade, a primeira lágrima veio. E logo em seguida muitas outras vieram, trazendo com elas um medo absurdo de estar enlouquecendo e perdendo o controle sobre mim mesmo. Ou seja: tudo o que eu havia passado em 2016 voltava para me assombrar.
Este foi o início oficial e público da minha segunda crise de pânico (3 anos depois do primeiro episódio). Aqueles sentimentos que até então eu segurava dentro de mim saíram, me atropelaram e eu não consegui nem anotar a placa. E a viagem ainda estava só na metade… Como seriam os próximos dias?
Eu te convido a conferir a continuação dessa história na parte II que publiquei aqui no blog. Confere lá como passei por essa tormenta.
Compreendo seu estado querido, sinto muito por você , o sofrimento da síndrome do pânico fere a alma profundamente fragiliza o corpo, necessário estar ao lado de pessoas acolhedoras ,carinhosas ,que não façam cobranças ,apenas Abracem e respirem juntos ,Deus abençoe e preencha sua vida de confiança e paz